segunda-feira, 30 de junho de 2008

TUDO AZUL


Roupa azul,
espaço azul,
Tudo azulado
pro meu lado
Podia tanto ser sempre tudo azul!...



ESSE É O MEU HABITAT

domingo, 29 de junho de 2008

FIM DE SEMANA "SOBREVIVIDO"

Quando...a gente passa um fim de semana pesado?
É quando se está a espera da repetição de uma cirurgia...
É quando você tem que ir a um casamento e um aniversário de pessoas muito queridas mas seu coração não para de pensar na maldita sentença do médico...
É quando vc quer ficar sozinha, bem quentinha afundada num edredon, mas tem que ir para o cabelereiro & companhia e sair toda reluzente, mesmo com as pilhas fracas...
O Aleixo diz que eu tenho luz própria. Amanhã vou perguntar pra ele se é de pilha ou é de ship. Porque de pilha gasta!!!

domingo, 15 de junho de 2008

O BRASIL É POSSÍVEL

Quando a gente vê uma criança de cinco anos apenas,tocando violino num programa de televisão, como se imagina que isso foi possivel realizar?
TENTE IMAGINAR,pois se vc não assistiu ao programa, jamais vai acertar.

Então vou afirmar: foi uma questão de atitude.

É possível transformar crianças sem uma condição mínima de vida dos arredores de Recife, em genios da música só pelo que eles já fizeram até hoje. Mesmo que jamais pegassem em um instrumento musical, já seriam merecedores de nosso aplauso e de nossa admiração.

ADMIRAÇÃO MESMO!

Pois, ver uma criança de 5 anos tocando violino numa orquestra, deixa a gente emocionada.

Isso está acontecendo num país onde pouca gente se importa com o valor que tem a vida humana. Está funcionando em Recife a Orquestra Criança Cidadã , cujo combustível é o amor de uma grande homem, um maestro que se propôs a fazer alguma coisa, que era de sua competência, por esses pequenos seres humanos (Ver detalhes no www.globo.com/faustão de hoje), que já estariam desde sempre condenados à morte ou à marginalidade, por sua própria inscrição social.

Se é possível construir um trabalho desse, em que cada criança custa ao projeto 1/3 do q se gasta com cada presidiário para se obter como efeito a pós-graduação deles no crime, o q não é possível é dizer q fazemos parte desse mesmo povo brasileiro. Dizer de cabeça erguida.!!

Isso é o que se chama ATITUDE. Atitude em favor da vida!! Tomara que ainda tenhamos tempo de parar, sem negar a nossa sensibilidade, para mudar a direção do nosso olhar.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

NAMORADOS

Quando era Dia dos Nanorados tive direito a:

- ganhar entre os presentes, muitos beijos, sushis e passear no shopping.
- sentir a doçura de uma boa companhia.
- passar o dia todo pensando no programa da noite.
- dormir depois do almoço e sonhar com o Dia dos Namorados à noite.
e pasmem!
- encontrar com a Bel e o André no mesmo restaurante!

Namorada q é mãe (ou mãe q é namorada) acha isso incrível. Tá tudo tão diferente!!!!

NOSSA TIA SILVIA


10/06/07

Pessoal,

Acabamos de chegar da missa da tia Silvia, confortados pelas palavras do padre João, de Pitangui, e um texto muito lindo que o Cao escreveu. Só ele mesmo que a conhecia tão bem para falar o que ela representava!

Para mim ela era a imagem do afeto e do amor, características não muito visíveis na família Machado. Mas ela era diferente mesmo!

Todos os que conviveram com ela podem reforçar esse meu sentimento. Gostava quando a gente chegava ou saía, e dava nela muitos beijos! Coisas de Albano? Ou de Mascarenhas? Não importa.

O que importa é não perder a doçura!

Discreta mas sempre presente ela se fez importante na vida de todos que a cercavam. Era firme nas suas palavras, mas sempre tinha um tom doce para se dirigir a cada um.

Falava pouco, mas conversava muito. Como? Sabia escutar pacientemente o que as pessoas queriam falar.

Elegância? Ela envergava como uma grande dama!

Sofreu muito com a morte da Goia e falava disso frequentemente. Talvez o sofrimento maior fosse pela percepção de que ela própria também estava muito debilitada.

Várias vezes ela me disse que achava que ia morrer e quando eu perguntava se ela estava querendo morrer, ela sorria e falava um NÃO, com força.

Ela foi uma grande referência humana, profissional e familiar na minha vida, na do Tarcisio e dos meus filhos. Sempre precisei da orientação dela nas dificuldades da infância e adolescência deles. Não sei se as dificuldades eram deles ou minhas, mas se eu perguntasse a ela, com certeza me faria pensar.

Hoje, tenho certeza de que eram minhas!

Foi motivo de orgulho para mim quando, ainda na faculdade, me deu a coleção dela da obra do Freud, que era o meu sonho como de qualquer estudante de psicologia que começava a engatinhar na psicanálise.

Começava aí a minha história como psicanalista, profissão que abracei com segurança, sob o olhar experiente de quem acreditava e apostava em mim. Hoje sei bem do valor e da importância do meu trabalho, mas sempre tive na tia Silvia o apoio e o incentivo para isso.

Só não fiquei rica como ela, pois os tempos mudaram e com essa abertura para uma clínica mais social, mudaram também os honorários... Mas o que ganhei, com foi a minha realização profissional fazendo dela meu paradigma, poucas pessoas conseguiram.

Tive a sorte (ou a tristeza) de acompanhar a tia Silvia de perto nesses últimos tempos e posso afirmar que a cada dia ela passava para todos nós uma lição de uma vontade imensurável de viver.

Ela sabia mais do que nós como conseguir se manter viva tanto tempo, com tão pouco "substrato nutricional", mas com muita gente à sua volta.

A grande verdade é que ela viveu enquanto ela quis. Bela lição para nós todos!

Espero que essas minhas reflexões, embora não sejam novidade p/ ninguém, possam servir para a gente se distrair com as boas recordações e lições que aprendi com essa tia tão especial. Um beijo muito carinhoso da
MARIA LUIZA

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ANIVERSÁRIO DA CIDA

A Cida foi uma empregada da minha avó que a acompanhou por toda a vida . Ela ainda é viva e amada por todos nós .


Cida querida, 12/10/2003

PARABÉNS!

Hoje é seu aniversário. Acho que Deus estava brincando de agradar Nossa Senhora Aparecida e fez você nascer no dia dela. Depois, continuou brincando e inventou o DIA DAS CRIANÇAS no dia do seu aniversário.

Nada nesse mundo combina mais com crianças do que você. Você que foi a grande personagem da história das crianças da família, na minha época.

Você se lembra quando fazia "negrinho" para nós? Eu me lembro.
Você se lembra quando fazia ambrosia, arroz doce, siri que a gente mesmo pescava, macarrãozinho frito que você comprava fresco na Cantuária? Eu me lembro. E todos nós que tivemos a alegria de conviver com você na nossa infância, nos lembramos.

Mas não é só de comida que eu me lembro.Me lembro quando a gente chegava de férias na casa da vovó e você recebia a gente rindo e dizendo: ”Chegaram às medonhas!!” !

Me lembro do seu quarto cheio de santinhos e tercinhos, que eu nem bem sabia o que era, mas ficou na memória.

Me lembro que vc fazia saquinhos de areia para a gente jogar Cinco Marias.

Me lembro que você andava sempre atrás da minha avó com uma bandeja de cafezinho, querendo agradar a ela e a quem estivesse por perto.

Ah, Cida, que saudade! Mas fora a saudade tudo isso foi muito importante para eu ser hoje o que sou. Aprendi nos livros que estudei, que as pessoas que foram importantes na nossa infância ficam como uma marca desenhada em nossos corações. E você é um desses desenhos lindos que estão desenhados no meu coração e nas minhas lembranças. É uma pena que eu não sei
desenhar e pintar.

Tentei telefonar e o telefone estava só ocupado. Mas foi bom, porque assim pude escrever tudo isso para alguém ler para você. Deus te conserve nessa santidade por muito tempo ainda.
Um beijo grande e muitas felicidades da

MÁRIALUIZA

quinta-feira, 5 de junho de 2008

REINVENTANDO AS COISAS

REINVENTANDO AS COISAS
Maria Luiza Albano Mello Cançado



Se eu pudesse mudar o mundo, ia querer fazer algumas coisas radicalmente diferentes. Ah se eu pudesse!...

Ia querer nascer e viver no mesmo lugar, até ter vontade própria para querer mudar...

Ia querer ter uma “memória de elefante..." seletiva. Para me lembrar de muito mais coisas que vivi.

Ia conversar muito mais horas com o meu pai e minha mãe. Iria até mesmo cansá-los de tanto perguntar as coisas que eles me diziam que os pais sabem por que já viveram mais.

Ia querer ser uma criança sem medo de ser alegre e que pudesse dizer aos educadores que o mundo é muito maior que os limites dos muros que cercam as escolas.

Ia inventar um jeito, de criança poder entrar em conversa de adulto...

Ia dar a toda criança um anjo da guarda de verdade, para permitir-lhes fazer experiências inéditas.

Ia ficar sempre por perto das pessoas para quem sou importante, para poder atender rapidamente a quem precisasse.

Ia querer acordar rindo... e dormir também!

Ia inventar um jeito de parar todos os relógios do mundo. Serviriam só de enfeite!

Ia fazer com que a fome do mundo pudesse ser saciada também com pratos de amor, copos de afeto e colheradas de alegria.

Ia querer viver intensamente só de amor, sem precisar pensar na realidade do dia a dia.

Teria recebido meus filhos como prova do amor de Deus por mim e não como propriedade minha.

Teria dito a eles desde o primeiro momento que a vida é um dom que eles mereceram para dividir com quem estiver próximo.

Inventaria uma rua onde eu pudesse sentar no chão e conversar com as crianças que sobem para a favela.

Ia fazer um dia com mais de 24 horas... mas que começasse só ao meio dia.

Ia ter um alvorecer eterno no nascente e um por do sol eterno no poente.

Faria da palavra ESPERANÇA a mais importante entre os homens, pois é ela que põe em movimento os nossos desejos.

Criaria um “personal timing” para que cada pessoa pudesse viver com sua própria intensidade, seus momentos de paz e felicidade.

Ia tentar aplacar o frio dos que se sentem desprotegidos, com um cobertor de calor humano.

Incluiria nos pesadelos, uma tecla digital para que se pudesse mudar rapidamente os seus conteúdos, com opções como reencontros, conversas sábias, boas lembranças e... muito mais!

Ia querer fazer como o Joaquim Albano, que com a sensibilidade de um afinador de pianos, vai “ajeitando” tudo e todos à sua volta.

Ia dar uma voadinha lá por cima do mundo, para ver se encontrava meu pai e enganar um pouco essa saudade que sinto. É bem capaz dele dar umas escapadinhas...

Ia fazer uma viagem sem malas. Vestida com uma calça jeans e uma camiseta, só para ver o Tarcísio feliz!

Prenderia dentro do armário, o sono que insiste em me dar preguiça todas as manhãs, para soltá-lo, de novo... à noite.

Deletaria da cidade onde vivo, todos os sons agressivos, as cores sem exuberância, os aglomerados de gente... e também os supermercados! Que inferno!
 À VIDA”!

Ia subir no alto do corcovado e gritar:  "VIVA A VIDA”!