quarta-feira, 23 de junho de 2010

MIGUEL, MEU NETO

Enfim, poucos dias pra chegar esse presente!

Vai chegar o Miguel como uma estrelinha de brilho intenso em nossas vidas e ao começar a dele, já terá uma longa história que começou há muitos e muitos anos no coração de todos nós que também fazíamos parte de outras histórias.

Que menino feliz! Vai ter uma avó, literalmente, encantada e um avô que sonha jogar bola com ele na quadra, entre muitas outras coisas.

O encantamento da avó vou tentar explicar...Já vinha me conformando com o fato de ser uma avó atrasada e adiava sempre todos os meus sonhos ao ver minhas amigas vovós, umas adorando o status, outras se queixando do trabalho agregado com os pimpolhos kkkkkkk. Não sei qual será o meu time, mas confesso que prefiro ficar abobada. Quero contar pra ele muitas histórias, que prometo, serão coloridas de amor, que é a minha especialidade.

Se ele souber tudo de bom que desejo pra ele, desde que ouvi seu nome pela primeira vez, vai se orgulhar da vovó Maria Luiza.

Mas vai ter muito mais coisas pra ter orgulho...

O primeiro presente que encomendei foi um anjo da guarda bem esperto, forte e com asas bem grandes pra protegê-lo e garantir a esperança de realizar seus desejos, junto com todos que estiverem à sua volta... Sem essa proteção, a vovó não dá conta. Afinal, todos temos méritos por essa criança tão bem vinda.

A Bel já encheu de mimos o quarto e os armários. Também vai fazer sucesso com as lembrancinhas, especialidade dela.

A Isabela e o Julio, que são os padrinhos, se pudessem, teriam inventado uma gravidez de 6 mêses... Mesmo sob protestos do vovô Tarcisio q não acha graça nessas brincadeiras.

Então, agora só falta o Miguel entrar (ou sair) pra conhecer esse mundo encantado que preparamos, esperando que ele seja só o início de uma grande descendência.

MELLO CANÇADO no museu

Só Deus pode explicar pq nunca publiquei esse texto no meu blog vindo a me lembrar dele às vésperas do nascimento de mais um Mello Cançado, dessa vez o Miguel, q junto com a Maria Clara formam uma bela duplinha de bisnetos.

Esse texto foi escrito e lido por mim no Museu Histórico de Pará de Minas por ocasião da abertura da exposição PROFESSOR MELLO CANÇADO, BENEMÉRITO DE PARÁ DE MINAS
1º de março de 2002




A minha presença aqui nesse momento, é a de porta-voz de minha sogra, a Goia, que me pediu para dizer-lhes do nosso orgulho de estarmos com vocês hoje, dividindo a alegria de reviver tantas lembranças, principalmente do homem grandioso que foi meu sogro, Antônio Augusto de Mello Cançado.

- “te amarei eternamente e ainda depois” – esta frase anotada em um pequeno pedaço de papel, perdido entre as páginas de um livro, é a pura expressão do sentimento que nos toma: sua família, amigos e
admiradores.

Grandes verdades aprendemos no nosso dia a dia, mas poucos são os que conseguem transmiti-las com tanta simplicidade. Com certeza o ”nosso Mello Cançado” deixou muito em cada um de nós – e eu me sinto muito à vontade para dizer “nosso Mello Cançado” - e por isso estamos aqui reunidos em seu nome.

Falar é difícil... Ideais, valores morais e éticos, honestidade, virtude, sabedoria, cultura, família, amizade... Sorrisos e alegrias, tudo isso seria pouco para descrever aquele que foi para nós, um exemplo de vida.

As lembranças são muitas, e por vezes doem, mas produzem em nós a satisfação e o orgulho de ter convivido na sua intimidade de pai, avô, sogro, tio e grande amigo.

Tantos anos se passaram e ele ainda é lembrado com todo esse carinho, especialmente aqui no Pará de Minas, onde temos a RAIMUNDINHA, uma nossa irmã, que com tanta boa vontade e riqueza de detalhes, passou informações fundamentais, sem as quais essa história não seria a mesma.

Mas Mello Cançado continua fazendo amigos e nós, da família, pudemos sentir isso recentemente.

Em função de sua memória, tivemos o privilégio da conquista de novas amizades, como a
da SUZANA FRANCO e da ANA MARIA CAMPOS, que na busca de documentos e objetos
pessoais, passaram a dividir conosco, coisas que até então, eram particularmente nossas.

Queremos registrar ainda, nosso encantamento pela ANA MARIA, pessoa dedicada e afetuosa que, mesmo não tendo conhecido Mello Cançado em vida, contagiou-nos com sua admiração pelo "professor". Esse contato, tão próximo, nos emocionou ainda mais, com a revelação dela, de que cresceu, ouvindo falar, na sua convivência familiar, de inúmeros personagens importantes de Minas, dentre eles o Prof. Mello Cançado.

Isso é lindo, e agora preciso confessar-lhes que é ela ANA MARIA, quem faz parte de nossa conversas
familiares, quando estamos reunidos.

Essa emoção foi acrescida ainda - evidentemente sem surpresa para nós- pelas palavras amigas tão bem colocadas pelo Pedro Moreira no convite dessa bela festa.

Para nós, o maior valor dessa homenagem é a possibilidade de perpetuar sua memória, tornando-a disponível aos que não tiveram o privilégio de participar de sua convivência.

Agora, quero pedir licença a vocês, para falar de meu sogro em meu próprio nome, o que é sempre uma tarefa doce para mim. Meus filhos sabem disso e é essencialmente para eles que me dirijo.

Não é qualquer um que tem um avô tão nobre. E aqui, tomo a liberdade de estender essa afirmação a todos os meus sobrinhos, que estão me ouvindo, e que são os seus netos .

Honrar a descendência dele é responsabilidade de vocês!

Mantenham aceso o brilho do homem iluminado que ele foi!

É um brilho com o qual vocês conviveram pouco, mas que tem o privilégio de ver espelhado em seus pais, exemplos vivos das virtudes dele.

Mirem-se no exemplo de humildade de seu avô que sempre soube definir seus ideais e lutar bravamente por eles... e com muita paciência.

Eu me orgulho muito de ser a mãe de três de seus netos.

A Suzana, a Isabel e o Júlio, sabem como isso é importante!

O meu desejo pessoal é de que essa homenagem de hoje seja mais um marco na construção da história de vocês.

Nada é por acaso, e o próprio Antônio gostava de citar o livro do Eclesiastes (3.1), ao dizer: “Todas as coisas tem seu tempo e todas elas passam debaixo do céu, segundo o termo que a cada um foi prescrito. Há tempo de nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar e tempo de colher”.

Foi assim que essa homenagem veio concretizar um desejo de todos nós - selecionar e organizar seus trabalhos. Esse material, aqui reunido, é o resultado de uma pesquisa marcada por lembranças e emoções, daqueles que se propuseram a empreender essa tarefa.

Maria Luiza Albano Mello Cançado