segunda-feira, 28 de julho de 2008

TUDO DE NOVO

Esta semana FUI ENCONTRADA por uma amiga e colega do Sacre-Coeur do Rio. Que legal! Em 1 ano, recuperei dois amigos dos meus tempos de menina. Ano passado encontrei a Sandra Campos em Ubatuba. A Lília me achou através do Orkut da Guga e foi uma enorme supresa para nós duas. Também fiquei impressionada com a quantidade de coisas q ela se lembrava, até das flores do meu casamento...que eram margaridas. Nem eu me lembrava mais! Sabia detalhes da minha gravidez da Suzana q foi de alto risco e falou da importância para ela de ter me encontrado. Isso sim! Acabamos descobrindo uma série de coisas em comum, como nossa idade, número de filhos(mas ela já tem neto) , anos de casamento e daí por diante.

No primeiro contato ela já queria saber de tudo como estava agora, meus filhos, minha vida, tudo com um carinho enorme. Fiz então um álbum no Orkut legendado, para mandar para ela bem explicadinho.

Vou tentar reprisar o álbum aqui na esperança que sirva de ilustração ilustração para novos encontros q possam surgir. Vai acabar sendo uma reportagem sobre a minha família, minha casa, minha vida e as pessoas e coisas q estão à minha volta.

Como se não bastasse ela, hoje, me mandou outra mensagem falando de sua grande emoção ao ler os textos do meu Blog...Precisava ser melhor?
(Precisei tirar as fotos do orkut pq tive problemas com mensagens q não enviei)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

UMA SEMANA DE REVEILLON

REVELLION EM ANGRA NA CASA DO TOTÔ



Nessa foto aparecemos só nós, mas a casa tinha gente pra caramba! Nós cinco representamos bem, todos q estavam lá.
Sempre que nos reunimos todos, fazemos um registro.
Nem sei se vale à pena fazer um esforço de memória para lembrar o nome de todos os presentes e nem o ano, mas tem bastante tempo!



                                          da esq. para dir: eu, Totô, Guga, Dudu e Nando



sexta-feira, 18 de julho de 2008

CAMINHOLHANDO POR MINAS primeira parte













Minhas caminhadas por Lavras Novas, Acuruí e nem importa onde mais...

HISTERIA FEMININA

Quarta-feira dia 16, foi o dia da tão temida (por mim) cirurgia para a re-operação do tal basocelular no meu rosto. Foram duas semanas de espera angustiante porque, se eu sou muito valente para enfrentar dificuldades..., mas para dor e doença afino sem cerimônia.

O meu médico, Dr.Narlei, decidiu que a primeira retirada tinha sido feita com pouca margem de segurança e que o "buraco" tinha que ser maior. Tive vontade de mandá-lo à merda, mas como não sei falar palavrão por nada desse mundo, fui fina e só tentei convencê-lo a deixar para o fim do ano, ou qualquer coisa que nem me lembro. Não obtive sucesso na minha investida.

Bem, depois desta espera torturante chegou o dia. Acordei de manhã e fiquei olhando para o meu
quarto, minha cama quentinha com meu edredon, minhas roupas deixadas na cadeira, minha mesinha com meus brincos e relógios e pensando se eu não voltasse para usar tudo isso.

Olhei pela porta da varanda do quarto e vi os meus lindos cataventos coloridos que tinha acabado de comprar em Itaipava. Que bobagem, pois só eu fico encantada com eles e não sabia, se voltando, ainda acharia graça neles!

Fui para o banheiro, escovei os dentes, pensando: apressada mais uma vez. Será a última? Passei filtro solar e uma maquiagenzinha básica e fiquei me olhando no espelho pensando para que deveria ter tantos cuidados se tudo podia acabar num buraquinho a mais. Que sofrimento!
Escolhi uma roupa, também básica, jeans com camisa e pulover, porque se tivesse algum problema pelo menos estaria vestida discretamente. Estava muito frio. Fiquei olhando o meu armário (nem muito arrumado) cheio de roupas e coisas que eu adoro, sem saber se voltaria a ter prazer em me
arrumar com tudo isso.

Logo lembrei que precisava ir ao supermercado, que eu odeio, pois não poderia abandonar minha casa tão desprovida, sem saber o que ia acontecer depois. Talvez estivesse querendo fazer uma troca com Deus, tipo, fazer as compras e me livrar da cirurgia.
Coitado do Nonato que me acompanhou nessa aventura! Eu quase não falava denunciando logo meu astral azedo que é raro, mas ele conhece logo. Bem que ele tentou me distrair falando uma porção de teorias de "sua autoria".  Aproveitei que ele estava liberado para mim e em seguida, sem me dar chance de ficar parada, liguei para a manicure e fui fazer as unhas e o cabelo. Já que ia para a faca, pelo menos ia arrumada...

Quase fiz as meninas do salão ficarem loucas de tanta pressa e ansiedade. E o Nonato, coitado, me esperando sem almoçar. Mas ele acha que eu mereço, com certeza.
Voltei pensando se eu voltaria a dirigir...ou se ficaria o resto da vida dependendo dele ou de alguém para sair...

Cheguei em casa correndo, almocei correndo e aí quase fiz o Tarcisio enlouquecer! É engraçado que nessas horas ele fica tão calmo que eu não entendo. Da garagem tive que voltar duas vezes para buscar o pedido do médico (sintomático esquecer) e... o meu tercinho, como se eu fosse ter tempo para rezar. Pra falar a verdade acho que Deus já estava cansado de tanta reza minha, fora as encomendadas!

Chegamos no hospital e fomos para a sala de espera, que eu já conheço de sobra. Que horror quando peguei uma revista Caras e comecei a ver aquele outro mundo em Angra que eu conheço tão bem. Bons tempos! Todo mundo lindo, feliz, no mar e eu aqui... na espera. Pensei em fugir e falei para o Tarcisio. Mas de uns tempos para cá, ele morre de rir dessas minhas coisas. Falei para todo mundo q estava na sala, ouvir. Aí ele fica meio envergonhado, aperta minha mão e diz para eu ficar quieta. Mas de um jeito que não dá para levar a sério. No fundo acho q ele até gosta de algumas bobagens assim, porque ele também relaxa e se diverte com a cara das outras pessoas.

Hora final: a enfermeira me chamou pelo nome e eu fui. Quando ela começou a me dizer por onde ir e o q fazer, eu disse que ela podia deixar que eu já sabia de tudo. Ela perguntou:"Isso tudo é ansiedade"? Não me perguntem o que respondi!

Fiz tudo que já sabia e logo encontrei o Dr. Narlei que me mostrou a sala e já começou a rir dizendo que não era nada, que não precisava sofrer. Legal, porque durante a cirurgia começamos a conversar e ele disse que está na aula de natação mas não estava indo por causa do frio. Aí cresci de satisfação e falei: "Como? Nadador não sente frio. Já nadei com a água a 22 graus, sem sofrimento". Ele ficou de fato surpreso e eu falei que cada um sofre com uma coisa!
Ele riu porque é muito simpático além de muito lindo!

Acabou tudo e eu saí, inacreditávelmente, sorrindo como se nada tivesse acontecido. Claro, eu estava anestesiada e acabou o sofrimento ! Cheguei na sala de espera e olhei para todos como quem está saindo de um procedimento super simples. Mas doeu! E o pedaço que ele tirou era enorme!
Quando cheguei em casa, só fui ver meus cataventos coloridos que continuam lindos.


quinta-feira, 17 de julho de 2008

PUBLICADO

A resposta de meu artigo enviado ontem para o EM foi a sua publicação hoje. Achei bacana esse negócio de escrever para o jornal. Além de tudo, senti realizada minha intenção de homenagear a memória de meu sogro, um homem comprovadamente ímpar, muito meu amigo,e muito amado...Por muuuuita gente. Fica aqui mais esse registro.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Artigo ESTADO DE MINAS

MELLO CANÇADO - Um Homem de Bem

Fiquei orgulhosa ao ler hoje (EM 15/7) a carta do leitor José Henrique Diniz que traz à tona o nome de seu professor e meu sogro Antonio Augusto de Mello Cançado como mestre. Que falta está ele fazendo na formação desses novos "senhores da lei"! E mais do que recorrer ao seu nome, destaca a vinculação dele com a interpretação de justiça. "Isso é bacana", como ele diria. São estes brilhantes alunos que tiveram o privilégio de fazer bom uso de seus ensinamentos. São lições de vida, que nos fazem ter um pouco mais de esperança, ainda. O sentimento que tenho é de que a palavra justiça foi apagada com uma borracha suja e velha nos ensinamentos atuais. Na hora de ler sobre direito, as pessoas pulam a palavra que não conseguem ver. O assunto que permanece "na roda" é o caso de amor proibido entre uma senhora idosa e seu papagaio, q foi condenada por tê-lo em cativeiro, o que pouco importa diante de tamanho desrespeito pelo ser humano. Qualquer erro jurídico é vergonhoso. A figura desse grande homem que era o meu sogro, deixou como resultado de uma vida essencialmente ética, a transmissão de valores que não mudam, mas muitas vezes são sucateados por mentes que deveriam ser, estas sim, impedidas pelo Instituto de Meio Ambiente (IBAMA) de poluir nosso mundo com a imposição de sentenças como esta que nos causam indignação.

Maria Luiza Albano Mello Cançado
Rua Pouso Alto,475 - Serra
31 32213595
31 99821143

sábado, 12 de julho de 2008

NOSSO PAI 25 ANOS DEPOIS

Meus irmãozinhos, Agosto 2007

Fui à missa hoje por intenção do papai, pois faz 25 anos que ele morreu. A dimensão do tempo é uma coisa muito particular, mas ô cara..., olha só, parece que foi ontem!
Por minha própria conta incluí o nome de vocês nessa intenção, em que pedi a Nossa Senhora que entregasse para ele, embrulhada em papel de presente para dividir com a mamãe. Ouvi dizer que as almas lá de cima gostam muito de receber pelo "correio do céu", orações, missas e lembranças do povo daqui de baixo!
Para a saudade não doer muito, temos o consolo de saber que somos a imagem viva dele e da mamãe e temos o dever de honrá-los diante de nossos filhos e netos e de todos que os amaram. Por essa herança de valores e de uma vida tão boa junto com eles, somos privilegiados.
As lembranças boas vêm como cascata em minha memória que estendo para vocês. Como esquecer do papai contando histórias para nós três, os mais velhos ainda pequenininhos, em São Paulo, na Cidade Adhemar? E a escolha do "maldito" cachimbo que acabou por fazer tanto mal a ele? Também vocês devem se lembrar quando ele ia soltar pipa com a gente lá atrás da nossa casa... Que delícia! Fez das tripas coração, para nos dar uma infância digna e feliz, embora sem luxo. Depois as coisas melhoraram, mudamos para o Rio, já aí, com o Dudu e o Totô também. Mais gente, mais coisas boas. O papai tinha sido promovido e veio o tempo das viagens cheias de farturas e novidades compradas pelo mundo. Passamos também a conviver no mesmo prédio da tia Bibi e da vovó Alice e aprendemos com o exemplo dele, a ser (todos nós), atenciosos e amorosos com as pessoas velhinhas. Parece que cultivamos isso até hoje...
Veio o tempo do sítio que ele tanto desejava e que ficava sobrevoando antes de poder comprar. Serviu para reunir toda a família e muitos amigos! Era para isso mesmo que ele queria. Lá era o paraíso dele com os netos. As fotos são testemunhas fiéis. Felizes foram os netos que conviveram com ele e usufruíram, além do avô amoroso, também um avô que só faltava adivinhar o que eles queriam. Lembram do batizado da Suzana, que ele experimentou a água com o dedo para ver a temperatura? É inacreditável!
De noite, antes do jantar, sempre uma dose de whisky, depois Jornal Nacional e novela das oito!
Sofreu muito quando adoeceu, mas aproveitou a vida enquanto pôde. E aí se incluem as viagens, a vida na beira da praia que ele adorava, viu alguns de nós se encaminhando na vida, e partiu. Hoje, se vivo, teria muitos motivos para se alegrar! Que bom que podemos nos lembrar de tantas coisas importantes do pai que tanto amamos!
Em tempo, amo muito vocês também. Beijos
ISINHA

MINHA MÃE

“... ficamos de luto daquele para quem estivemos, sem sabê-lo,
no lugar de sua falta”
.
(Lacan, Seminário Angústia )

Algumas coisas não são possíveis falar nem escrever. Só se pode vivê-las!
Isso me faz pensar no sofrimento que vivi na doença de minha mãe, ao suportá-la falar da morte, de sua proximidade, já então sentida como inevitável. Como ocupar este lugar de tamanha falta?
Como foi difícil vê-la diante da representação impossível da morte, falando serenamente, como se fosse uma mulher de fé...
Ela queria saber e me perguntava se valia a pena sofrer tanto com os tratamentos e procedimentos médicos e para que deveria se submeter a tanto sofrimento. Que respostas cabiam a perguntas dessa dimensão? Só era possível silenciar e ocupar esse lugar vazio que a autorizava a continuar falando e se perguntando. Onde estava nessa hora a filha que ela achava entendia de "doenças e remédios?” Ali, presente, no sofrimento, na escuta e na tentativa de conduzir as perguntas por um caminho mais suave, mas que jamais se constituísse num atalho para a morte. Pude dar a ela a possibilidade de viver intensamente esse tipo de muitas lembranças boas, mas de muita angústia...Para nós duas!
Como fiquei aliviada quando ela me pediu para não voltar para Belo Horizonte porque tinha medo de morrer e eu não estar com ela! Eu também tinha muito medo disto, mas ela foi mais corajosa... E falou.
Nós todos sabemos que ela sabia de seu tempo melhor do que ninguém, mas eu era aquela, que por estar mais junto naquele momento, apontava para a possibilidade do afastamento ser eterno.
Penso hoje, que o lugar que ela me delegou  então, era o de representante de todos os filhos, amados e queridos. Nada que se dirigia a mim era só para mim. Com certeza, era dividido por cinco. Medo de morrer longe dos cinco, saudade vêzes cinco, pena de se afastar de 1+1+1+1+1. A minha ausência na verdade, apontava para a falta de qualquer 1 dos cinco.
Já transtornada em relação ao tempo, por causa dos remédios, um dia perguntou à Íris (anjo de bondade que ajudava nos cuidados de enfermagem) enquanto eu fui tomar um banho, onde e o que eu estava fazendo, que tinha desaparecido do quarto “há muito tempo”. Vim correndo e fiquei contente de descobrir, num detalhe tão pequeno, uma maneira de dar-lhe tanta tranqüilidade, a ponto dela então, ao meu lado, adormecer. “O tempo é quando” me ensinou o Zé Albano, citando um poema de Vinícius de Morais. Só quem vive intensamente esses momentos da vida como fragmentos pode entender a dimensão poética dessa palavra.
Quando, é o tempo que insiste, como a saudade e o buraco que se inscreve, no lugar das pessoas que amamos e se afastam. O que conforta um pouco é pensar que podemos contornar esse vazio com lembranças, risadas e até lagrimas. Só contornar, pois tentar preencher o que se fez buraco, é uma tarefa tão interminável como pegar conchas na praia.

SUSTO COM O TEMPO 39 ANOS


Bem que o meu horóscopo me avisou que essa semana que passou ia ser turbulenta, kkkkkkkkk... em realação aos meus sentimentos e emoções. Quase afundei!

Começou com o susto de estar fazendo 39 anos de casada! Agora, com o Tarcisio ou sem ele, vou comemorar esse aniversário até o fim da minha vida. Essa data está inscrita na minha história como muitas outras coisas...que quase daria um romance. Talvez cômico!

Fomos para o Rio fazendo escala em Itaipava no Hotel Albergo de Leone, com direito a um jantar bacana. No Domingo seguimos para comemorar mais, almoçando com os meus "irmãozinhos" Dudu e Totô. Passamos o resto do dia conversando, todos juntinhos, e ainda o tio Roberto e a Vera e a Tetê e Roberto. Com torta de morango e fotos.

Não fui feliz durante todos os 39 anos, mas contando bem deu para juntar uns 38 mais ou menos. Valeu! Também se fosse os 39 inteirinhos, podiam até me internar kkkk....

Qualquer tempo desses vou escrever sobre isso. Aguardem os que me conhecem.

O segundo susto foi que de repente, não mais q isso, descobri que a nossa casa estava vazia dos nossos filhos. No domingo ninguém nos esperava para lanchar, nem para receber os "mimos" que sempre trazemos. No dia seguinte cheguei para almoçar e não vi nenhum carro parado na rua. Sou um pouco lenta mesmo, para não dizer lerda, mas tanto assim fica complicado. Não tinha ninguém pra ver que eu cheguei, a casa estava horrivelmente silenciosa e arrumada, a televisão desligada na hora do jornal do meio-dia, a Mariana e o Nonato, meus fiéis e dedicados funcionários, desaparecidos aqui por dentro, e eu ... pensando.

A Bel que vem sempre almoçar, pra fingir que não faz falta, essa semana está com hóspedes; a Suzana que só vem "the flash" como o tio Maurício, está de cãozinho novo e muito ocupada; o Julio começou a viajar sem parar e nem pode reclamar. A Taci virou executiva e nunca mais veio almoçar.

O certo mesmo é que eu sei que eles estão por perto. Um pouco perto, um pouco longe, um pouco ausentes, um pouco presentes, mas por aqui.

Tudo isso e uma porção de outras coisas, me deixa um pouco fora do ar, mais do qu eu já sou.

Dia 16, nova cirurgia de um basocelular no rosto, com uma pequena diferença que vai ter que ser um pouco mais profunda. Isso não pooooode! Mas o que eu tenho medo mesmo, é de qualquer doença, por direito adquirido.

Essa história não é novidade e o meu pai e minha mãe também sentiram muito quando eu casei e mudei!? E, sem modéstia, eu fazia aquela casa rodar, nem sempre por motivos agradáveis, mas eu fazia as coisas acontecerem. Em homenagem a eles vou publicar nesse Blog dois textos que escrevi sobre eles.

Por hoje vou parar por aqui para tentar editar esse texto e mais uma foto das tiradas no Rio na casa do Dudu e Shirley.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Re-estréia


Quando a gente passa
quase um mês sem nadar
O prazer de entrar na água
tem outro gosto
Mesmo, por poucos dias valeu à pena!!
Depois do dia 16, nova parada compulsória.
Mas é assim mesmo, dias difíceis, dias melhores...
Outros melhores ainda.